Contos do fim do mundo #2 - O arrebatamento inoportuno
E já passara das 23 horas. Realmente, haviam poucas esperanças. Algumas pessoas haviam desaparecido em um piscar de olhos, como se por mágica. Não restara dúvidas, era o arrebatamento. Aqueles que foram levados tinham salvas as suas almas. Os que ali ficaram, estavam condenados a dor e ranger de dentes.
Nesse instante, dois operários da usina siderúrgica olhavam, perplexos, para o uniforme de seu companheiro de longa data Zé Maria, completamente estirado ao chão. O diálogo se inicia:
- É rapaz, eu sabia que o Zé era um homem bom. Sempre foi. E olha aí, foi levado de primeira. Esse aí não merecia isso!
- O Zé era 10! Realmente não merecia ter passado por isso!
- O que vamos falar pra família dele agora?
- Vamos falar que os 60 anos de contribuição dele foram convertidos em luz!
- Logo agora que a mulher dele finalmente achou que ele ia se aposentar!
- Nem pra ele ter roubado uma galinha nessa vida também! Êta homem bobo!
Nesse instante, dois operários da usina siderúrgica olhavam, perplexos, para o uniforme de seu companheiro de longa data Zé Maria, completamente estirado ao chão. O diálogo se inicia:
- É rapaz, eu sabia que o Zé era um homem bom. Sempre foi. E olha aí, foi levado de primeira. Esse aí não merecia isso!
- O Zé era 10! Realmente não merecia ter passado por isso!
- O que vamos falar pra família dele agora?
- Vamos falar que os 60 anos de contribuição dele foram convertidos em luz!
- Logo agora que a mulher dele finalmente achou que ele ia se aposentar!
- Nem pra ele ter roubado uma galinha nessa vida também! Êta homem bobo!
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