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Mostrando postagens de dezembro, 2018

Versos que matam versus versos que morrem

Quando poetizo, me perco em devaneios sem sentidos Produzo versos que, como lâminas cegas  Perfuram a superfície da minha pele  Lentamente e com certa cautela  Quando escrevo para a vida  Medíocre e sem sonhos  Preciso tomar um porre  E tomo uma ou algumas doses   Uma dose Nietzsche e outra de Schopenhauer  Uma dose de Monet e outra de Michelangelo E tento entender a existência de quem não pediu pra nascer  E agora morre a cada segundo sem querer morrer  Quando escrevo, sou romântico da segunda geração  Sou um paradoxo barroco sem coração  Quando escrevo sou trovador e ufanista  Quando escrevo sou classicista e modernista  Meus versos se questionam Na densa camada de silêncio delirante  Quando morrer  Vamos para o céu de Ícaro ou para o inferno de Dante?

Ensaio à Loucura

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'E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música.' A famosa frase, atribuída ao filósofo prussiano Friedrich Nietzsche, ilustra de maneira espetacular o conceito subjetivo da loucura, presente na sociedade desde o mundo grego. É impossível discutir o sentido da loucura, sem entender a construção da ética e moral de uma determinada sociedade. E aqui não estamos falando de algum tipo de deficiência psíquica cientificamente estudada. Nesse artigo, caro leitor, levo em consideração o aspecto qualificativo da palavra enquanto adjetivo (pejorativo, é verdade). Inicialmente, a nível de ocidente, levamos em conta a construção de duas civilizações da antiguidade: a grega e a romana. A primeira, é o berço da nossa ética e moral, construída pela união de vários povos, como os Jônios, Eólios e Dórios. Mais tarde difundida com a cultura semita, após a conquista de Alexandre Magno, o Grande. Vários aspectos políticos e sociai