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Mostrando postagens de julho, 2018

José Luis, por que ir agora?

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José Luis, por que ir agora? Dona Fatinha te espera  lá fora Ela perguntou o que você quer no almoço Vê se para quieto em casa um pouco José Luis, por que ir agora? Ainda não parece ser a hora Jogue uma partida com seu neto Desfrute um pouco mais de todo esse afeto José Luis, por que ir agora? Ainda é cedo para ir embora Existem muitas coisas para se fazer no mundo Existem poucos dias para se viver o luto José Luis, por ti eu vivo o luto. José Luis, por ti eu vivo e luto.

Amandla... Ngawethu! - Um grito de liberdade

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Justiça contra a violência. Esperança contra a resignação. Liberdade contra a submissão. É impossível sintetizar feitos tão poderosos com poucas palavras. Mas, as escritas acima, representam de despretensiosa maneira, uma pequena porção de Mandela. Entretanto, muitas pessoas não têm uma real dimensão sobre suas conquistas, sobre a luta do povo africano, e sobre o que foi o lamentável regime do apartheid. Inicialmente, o próprio nome apartheid é uma pronúncia de etimologia indu-europeu falada na África do Sul, que significa "separação". A sentença, por si só, já é segregadora. E nesse sentido, os atos realmente o fizeram. Em 1948, a expressão se tornou um regime político, adotado pelo Partido Nacional Sul-Africano. Na prática, a segregação já acontecia desde a colonização britânica e holandesa. Porém, foi no regime totalitário, que a opressão se confundiu com a lei, e a população, de maioria negra, foi oficialmente separada em detrimento dos brancos de origem e descend

Há 26 anos, eu morro todos os dias.

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Estava inconsciente e fora de mim, quando me deparei pensando nas mazelas da vida. Indaguei-me se ainda posso me considerar um ser vivo. Por muito pensar sobre isso, talvez  nunca estive no meu juízo perfeito,  e acho que nem sei bem o que é isso, mas sei que prefiro assim. Ser vivo é um conceito tão simplório, biologicamente falando. Precisamos de um material genético, de uma unidade morfológica e funcional, a célula, e pronto, estamos vivos. É interessante pensar que meu corpo é emprestado. A natureza nos empresta seu carbono, hidrogênio, oxigênio, entre outros elementos, e como pagamento, produzimos cultura, e no fim, nos devolvemos a ela, na forma de compostos carbônicos. Parece um conceito absurdo? Mas não é, conforme o clichê atribuído a Lavoisier: "Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma."  Dessa forma, somos somente, e tão somente, parte da própria natureza. Somos ela, constituídos dela e pertencentes à ela. Contudo, no ponto de v

Plano de Saúde

Ele agoniza sua dor E clama por ajuda Ele parece querer viver Mas eles não podem ajudá-lo Ele se contorce no chão E clama por ajuda Ele está morrendo lentamente Mas eles não podem ajudá-lo Ele não pode pagar Ele não pode ser salvo